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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Justiça de Portugal condena réus em caso de pedofilia que chocou o país

Sete acusados por abusos sexuais contra menores de idade da Casa Pia de Lisboa – instituição educativa do Estado para crianças carentes – foram condenados por um tribunal da capital portuguesa. As penas ainda não foram divulgadas.

Os casos de abuso, que teriam começado em meados dos anos 1970, só vieram à tona no ano 2002 e provocaram grande repercussão em Portugal e ao redor do mundo. Entre os condenados estão um popular apresentador de TV, Carlos Cruz, e o ex-embaixador de Portugal Jorge Ritto. O julgamento durou quase seis anos, com mais de 800 testemunhas ouvidas.

Foto Efe20100903-634191256250245000wPedro Namora, uma das vítimas de abusos sexuais: “recursos devem ser esperados na cadeia”

Os outros acusados eram Carlos Silvino, ex-motorista e ex-aluno da instituição, o ex-diretor da Casa Pia, Manuel Abrantes, o advogado Hugo Marçal, o médico João Ferreira Diniz e Gertrudes Nunes, dona de uma das casas onde ocorreram os abusos.

Fotos: Ap63qp4m6x8d7a9yl3wmb4ndna6  Ex-diplomata e embaixador na Unesco Jorge Ritto, réu no escândalo de abuso sexual no orfanato Casa Pia, chega a corte em Lisboa

get    Ex-apresentador de televisão Carlos Cruz chega para o julgamento, em Lisboa

As vítimas relataram à justiça que eram levadas a porões e casas isoladas pelos acusados e depois estupradas. Psicólogos infantis que conduziram as entrevistas no início das investigações concluíram que, provavelmente, mais de 100 crianças foram vítimas de abusos em algum momento, mas a polícia só conseguiu provas para levar adiante uma minoria dos casos.

Alívio

Nos corredores do tribunal, Bernardo Teixeira, uma das vítimas dos abusos, mostrou estar satisfeito com o resultado. “Causa um certo conforto, depois de todos estes anos a nos terem chamado de mentirosos”, disse, segundo o jornal português Público. "Finalmente sentimos que se está a fazer justiça. Precisamos de ouvir que eles são culpados, que são mesmo pedófilos", insistiu.

Pedro Namora, ex-aluno da Casa Pia de Lisboa, defendeu hoje após a leitura da sentença que os eventuais “recursos devem ser esperados na cadeia”. Visivelmente emocionado, conforme relatou o Público, Namora disse ter “nojo ao olhar para a cara dos arguidos” e alertou para a “possibilidade de fugas” ou de reincidência nos crimes que foram dados como provados, caso os eventuais recursos sejam aguardados em liberdade.

Fonte: Opera Mundi.net

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